segunda-feira, 23 de junho de 2008

Migas á alentejana


Nao sei se as migas no alentejo são todas iguais e se são iguais ás que vou descrever.O que posso dizer é que estas são muito boas e como nao podia deixar de ser , foram feitas pela D.Teresa.


Coloca-se o entrecosto em calda que é feita da seguinte forma.Junta-se vinho branco pimentão , alho, louro.
Frita-se o entrecosto.
Parte-se o pão ao qual se vai misturando água com alhos partidos e molho do entrecosto frito.
Vai-se batendo o pão até ficar em massa.
Pega-se em colheradas dessa massa onde se juntam bocadinhos de carne e frita-se , parecendo uma omoleta.
Depois de feitas estas operações comem-se as migas com o entrecosto frito.
Bom apetite.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Norte e Sul



Norte... ....

norte é reboliço
noite e dia são iguais
tudo é citadino
nem se ouve cantar os pardais
nao se dorme no tempo certo
tudo é muito confuso
entra tudo em parafuso
É só industria e industriais
Compra compra que há mais... ....
Tudo ,tudo é perto.
Mas nada é dado como certo
Sul... ....
Sul é calmaria paz alegria
Tudo recolhe cedo
Aqui há noite e dia
Mas e há medo?
Se há ninguém diria
Perdem-se no tempo
abertas as portas e portais...
Do pequeno casario
Onde qualquer um
Pode assentar arraias
Tudo aqui é calmo e sereno
Aqui ouvem-se cantar os pardais

Longe Longe... ... ...




Ao viajar de tão longe
Passo por muitas locais
uns diferentes ,outros... quase iguais
Mas ao reparar nas gentes
que deveriam ser diferentes,
Vejo rostos iguais!
Preocupados, atarefados,atrapalhados
e outras coisas mais...
No entanto... algo se vai passando
A paisagem lentamente vai mudando.
A cidade vai-se em campo transformando
Os caminhos de asfalto o calor vao libertando
O Sol esse aí ...vai queimando
enquanto vou andando
Cada vez mais me vou do destino aproximando
E chego aqui.
Terra quente e silenciosa
Onde vento empurra o calor
Que se sente aqui sem dor.
Nesta terra antiga e amorosa
Com o nome de Mimosa!

ODRACIR ÉRDNA


"Não se agrada a gregos e a troianos"
Temos de ter consciência de que não podemos agradar a todos.Uns acham-nos simpáticos, alegres, bem falantes,bonitos.... ..... outros não.Tudo isso é relativo e depende de quem nos observa.O que realmente interessa é o que achamos de nós próprios .
Lamentavelmente ás vezes as pessoas julgam-nos pela aparência e ficam com uma boa ou má ideia.... descurando a personalidade da pessoa.Mas o mais importante disto tudo é termos objectivos na vida e tentarmos lutar por eles.
Caminhar pelo caminho certo é com certeza o melhor meio para obter paz de espírito , alcançar objectivos correctos e estar bem com nós próprios.Ora para que isso aconteça a mentira e a manipulação barata não tem lugar.Devemos fazer no final de cada dia um exercício de introspecçao para melhorarmos a nossa pessoa e sermos felizes .Acreditar sempre que temos capacidade para conseguir os nossos objectivos sejam eles difíceis ou fáceis, pois querer é poder.... Nada é impossível
Muita força para todos aqueles que querem algo de bom na vida.Beijinhos a todos

Canja á Dona Teresa


Coze-se o frango juntamente com uma cebola, ramo de salsa e hortelã e tempera-se com sal.
Quando estiver o frango cozido junta -se a massa.
Pode-se desfiar o frango.
Depois come-se.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Gatos


´ Interessante de constatar que aqui ,na Mimosa , não se vêm gatos.
Estou cá já algum tempo e não há mesmo, em contrapartida os cães são danadinhos, possivelmente será essa a razão.
A guerra de cães e gatos é secular e possivelmente aqui os felinos não tiveram muita sorte nas batalhas.
Bem, hoje que nada tenho que fazer, vou pesquisar uns monumentos e pode ser que
no entretanto apareçam alguns.

Doce de tomate á D Teresa.


Doce de tomate


Lavam-se tomates maduros ,tiram-se -lhe a pele e pevides.Colocam-se dentro de uma panela a ferver á qual se vai retirando a água criada pela fervura. Após efectuar esta operação coloca-se o açúcar na proporção de 1kg de massa, 1kg de açúcar. Junta-se uns paus de canela.
O resultado é óptimo.
Façam e provem é bom.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Maria


Arranjei uma amiguinha aqui no alentejo tem 2 anos e chama-se Maria.
A Maria é uma menina lindíssima, muito esperta,de uma simpatia inconcebível.
Hoje tirei-lhe umas fotos , pena nao as poder divulgar.Adorou ser fotografada,foi com muito jeito e cuidado com o telemóvel mostrar ao avô a foto.
É muito brincalhona e muito despachada.
O seu nascimento está envolto de um secretismo complexo, a mãe nao revela o nome do pai,ninguém sabe muito bem porquê.Negou a gravidez e até ha quem diga que a menina não está registada.Sendo assim a Maria não existe oficialmente... Conhecendo a Maria como conheço nao adianta a mãe esconder tal situaçao, um dia a Maria vai querer saber quem é o pai.Com dois anos ja pergunta por ele.Está a ser criada pelos avós , pois são eles que tomam conta dela todo o dia, até a chegada da mãe.
Bem o que é certo e sabido é que ela existe e é uma rica menina.

falcao peregrino


Descobri que nos montes existem falcões peregrinos. É uma ave de rapina muito bonita que sobrevoa os campos .
Faz voos muito bonitos .
Gostei muito de ver.
Só aparecem em sitios mais selvagens nunca perto do casario.Possivelmente algumas cobras e ratos do campo servem de alimentação.
Com o desaparecimento dos montes alentejanos pode ser que os falcões proliferem.

montes alentejanos


A caminho da praia de Milfontes , passeio que fiz no domingo passado,verifiquei a existência de vários montes alentejanos abandonados .
Quando cheguei a casa perguntei o porquê de tal situaçao e fiquei pasma.
As pessoas que viviam nos montes alentejanos abandonaram-nos porque eram atacadas por ladrões, obrigando-se a refugiar nas aldeias.
Como pode haver gente que rouba a quem nada tem?
A paisagem dourada do alentejo ,pintalgada de um verde escuro aqui e ali deixou de ser segura.
É uma pena ver aquelas casinhas brancas bordadas a azul a contrapor a paisagem, saídas do nada,completamente abandonadas.Casas que apesar da pequenez a mim parecem -me fortalezas ,pois as paredes sao enormes e têm apenas duas janelas e uma porta.
Imagino a dor de quem as abandonou.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Baixo Alentejo


Olá para todos.

Há já algum tempo que nao escrevo, nao tenho tido muito tempo.

Estou no Alentejo. Não, nao ,estou a passar férias estou a trabalhar e como sempre mais uma história para contar.

Estas pessoas são muito hospitaleiras.Fui muito bem recebida por toda a gente que conheci.

Já não vale a pena falar da calma e serenidade que a paisagem faz existir, pois toda a gente sabe isso.O mito dos alentejanos serem malandros é mesmo um mito,pois trabalham que se fartam, mas de preferência á noite ou de madrugada , uma vez que o calor aperta durante o dia.

Aqui está sempre um calor intenso, abrasador.

Nesta minha estadia, estou em casa de um casal muito atencioso. Ja conheço a família toda e todos são assim.Atenciosos amigos de ajudarem os outros ,embora tenham os seus problemas como toda a gente.As pessoas aqui aceitam as incongruências da vida, nao são muito de chorar sobre leite derramado.E eu acho bem, pois o que não tem remédio , remediado está.

Hoje vou contar a história da hora de almoço.

O almoço foi açorda á alentejana.Eu já conhecia açorda mas não tem nada a ver com esta.

Esta faz-se assim: Coze-se peixe . entretanto numa caçarola de barro picam-se alhos e coentros , vira-se azeite e vinagre e fica ali a espera que o peixe coza.

Corta-se pão alentejano as fatias e coloca-se dentro da caçarola , quando o peixe estiver cozido, vira-se a agua do peixe por cima do pão.No final come-se o peixe com o pão embebido naquele molho.É delicioso.

Adeus a todos beijinhos, amanhã ha outra história